domingo, 7 de fevereiro de 2010

LUCILA 33 NA RÁDIO ROQUETE PINTO

Pra galera que não conseguiu ouvir e pediu a postagem.

Clique
AQUI
pra ouvir minha entrevista no Programa Primeira mão sobre meu livro Lucila 33.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

ENTREVISTA

Atenção galera do Rio: amanhã, sexta-feira (29), às 11h da manhã, eu darei uma entrevista sobre meu livro Lucila 33 no programa Primeira Página, na rádio Roquete Pinto. Ouve lá 94,1 FM!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

VALEU SAMPA!


Pessoal, o lançamento em Sampa foi um sucesso! Agradeço a todos que puderam ir, e aos que não puderam, mas que tenho certeza de que ficaram na torcida! Foi demais

E pra quem quiser comprar o livro pra ler, pra dar pro amigo ou pro inimigo...rsrsrsrs..pode comprar através do site da editora ou clicar no link aqui do lado.

O lançamento no Rio será dia 18 de dezembro. Em breve...convite aqui no blog!

beijos
Babi

segunda-feira, 29 de junho de 2009

RECADO ÀS LEITORAS

Lucila 33 começou como uma brincadeira e acabou também como uma brincadeira. Mas uma brincadeira que não tem tanta graça se for pra brincar sozinha. Por isso que foi bom! Bom demais!

Agradeço às minhas amigas, MH e Tino, pelos comentários no blog, os e-mails, telefonemas e todo o incentivo.
Obrigada pelas maravilhosas conversas de bar, onde ,entre um chope e outro, personagens foram tratados como reais. Pelos desabafos nos corredores. Pelo sofrimento, nervosismo e às vezes a insatisfação declarada como sempre, abertamente.

Pois, é claro, somos mulheres, e não somos boas com segredos, em engolir sapos, em ficar caladas. Somos mais emoção do que razão. E com toda razão, precisamos nos expressar. E a expressão de vocês que permitiu que a brincadeira começasse, seguisse e terminasse.

Muito obrigada! E até a próxima!

Beijos,
Babi (33)

CAPÍTULO 50 - THE END

Lucila dava os últimos retoques no seu visual. O vestido preto lhe garantia uma silhueta perfeita, a maquiagem bem desenhada a deixava orgulhosa de si mesma. Estava linda. Linda para o seu dia e para o seu amor.

Cadu a esperava ansioso na sala. Andava de um lado para outro. Estava nervoso e aparentemente não tinha nenhum motivo para isso.

Depois de alguns longos minutos, Lucila finalmente apareceu no corredor da sala:
- E aí? Como eu estou?

Ele não precisou fazer tipo, nem pensar em sua resposta. Aliás, depois da cara que fez, nem precisava ter dito nada. Era óbvio que estava encantado com o que via, mas mesmo assim, sua gentileza habitual o fez expressar o que via:
- Uau! Nossa!!!! Você está maravilhosa!

Lucila riu ainda mais orgulhosa. Sabia que estava bonita, mas o elogio da Cadú era muito importante, representava um novo momento na sua vida, com sua auto-estima, com sua nova idade que estava se aproximando.

Ana, André, Flávio, Marcos, Tadeu e Carla já esperavam pela aniversariante na boate reservada. Lucila havia chamado todos seus amigos. A meia-noite Lucila completaria 34 anos e este ano era diferente, ela se sentia especial e queria dividir isso com as pessoas que amava.

Pouco depois, Lucila entrou na boate radiante, foi aplaudida pelos amigos, estava pronta para curtir sua festa.

Aos poucos outros convidados foram chegando. Bardot, que surpreendeu aparecendo acompanhada de um belo rapaz. Sim, um rapaz! Ele não tinha trinta anos, mas parecia encantado com o jeito brincalhão e despojado de Bardot.

Outra surpresa da festa foi Juca que também surgiu de mãos dadas com uma exuberante mulher. Não era qualquer mulher. Com uma mini-saia e um enorme decote chamou atenção de todos no lugar. Lucila se aproximou para cumprimentá-los:
- Juca! Que surpresa! Que bom que você veio. Aliás, que bom que vocês vieram. Como você está Manú?

Manú sorriu docemente, contradizendo a sua aparência de mulher fatal.
Ainda curiosa sobre o novo casal, Lucila, que nunca teve papas-na-língua, perguntou:
- Mas, me diz uma coisa? Que novidade é essa? Vocês estão juntos?

Manú não respondeu, apenas olhou para Juca esperando uma resposta de seu amado, que prontamente respondeu:
- Existem coisas que só o tempo pode nos mostrar. Manú deixou de ser meu braço direito, passou a ser uma grande amiga e foi por esta amiga e hoje é a mulher por quem dia a dia eu me encanto mais e mais. O mundo gira, minha vida mudou e só quero acreditar que se tudo continua com seu curso, eu....aliás, nós vamos seguir o nosso curso.

Manú ria frouxo de felicidade. Finalmente tinha conseguido o que queria, estava ao lado de Juca. Agora como sua namorada. Neste momento Manú se afastou de Lucila e

Juca para cumprimentar alguém que passava. Lucila em tom de cúmplice aproveitou o momento e falou para Juca:
- Espero que esteja feliz, você merece. Sei que não devia tocar neste assunto, mas entenda como um pedido de uma aniversariante, ok? O que houve com Bruna, onde ela está?

Juca riu. E com bom humor respondeu:
- Ela está bem. Está com Jesus. Mas isso é uma história para outro dia. Vamos beber alguma coisa?

A noite corria muito bem, todos se divertiam. Ana e André dançavam, riam. Lucila reparou nos dois. Ficava em ver aquele casal tão feliz. Se juntou a eles. Ficaram muito tempo conversando, rindo, dançando. Até que Lucila olhou para o copo de Ana e exclamou:
- Coca-cola? Coca-cola normal? Não é light?

Ana riu. André ficou nervoso. E Lucila disparou com a intimidade de uma melhor amiga:
- Você está grávida!

Ana corou. Sabia que daria bandeira em rejeitar sua cervejinha habitual. Não tinha como negar. Estava grávida! Os três se abraçaram e Ana disse:
- Já que é um dia especial, saiba que você acaba de ganhar um afilhado!

Lucila se emocionou.

O que mais de bom poderia acontecer? A noite estava divina. Lucila e Cadú se completavam, apesar do evidente nervosismo que ele demonstrava. Ele estava inquieto, acanhado, nervoso. Mas podia ser pelo pouco tempo de namoro e a conseqüente falta de intimidade com a maioria dos convidados.

A meia-noite o DJ anunciou uma pausa para os parabéns. Cadu se juntou a ela perto do bolo. A luzes se acenderam e todos começaram a cantar. Pose para fotos. E entre um flash e outro Lucila achou ter visto Rafa. Mas não fazia nenhum sentido e a alegria do momento a fez dispersar.

Lucila entregou orgulhosa o primeiro pedaço de bolo ao seu namorado. A festa prosseguiu até altas horas.

Como era a anfitriã, Lucila foi a última a ir embora. Ela e Cadú já estavam mortos jogados nos sofás da boate, acompanhando os garçons em sua arrumação frenética. Cadeiras sobre as mesas, vassouras. Era hora de ir.

Lucila foi ao banheiro, antes do casal partir. Cadú ficou sentando a esperando. Foi quando alguém bateu em seu ombro:
- E aí bonitão? Aproveitou a festa?

- Você de novo? Não basta encher o eu saco me ligando o dia inteiro, querendo me intimidar. Você é muito cara-de-pau de vir a uma festa que não foi convidado.

- Tem certeza de que não fui? Não tem, não é?

Lucila voltou do banheiro e não acreditou na cena que via. Cadu discutia com... Rafa! Não tinha sido uma alucinação. Ele estava mesmo lá. Ela correu em direção aos dois que estavam a um passo de trocar socos.
- O que está acontecendo? O que vocês estão fazendo?

Rafa sorriu, como se nada tivesse acontecido. Se aproximou de Lucila, pegou sua mão e com a voz melada disse:
- Parabéns meu amor. Você está linda.

Lucila puxou a mão atordoada. Olhou para Cadu que estava vermelho de raiva e agora furioso perguntava:
- Lucila! Você convidou este canalha?

Antes que Lucila pudesse responder, irônico, Rafa disse para Cadú:
- Ah... você achava mesmo que eu não viria? Meu amigo, você acabou de chegar. E eu? Eu faço parte da vida de Lucila há muito tempo. Não existe a possibilidade de eu não estar na sua festa de aniversário. Entendeu?

Lucila estava tonta. Não entendia o que Rafa estava fazendo ali. Estava magoada com o jeito que Cadu se dirigiu a ela. Decidiu sair e deixar os dois pra trás. Saiu correndo em direção a porta.

Cadu foi atrás gritando seu nome. Lucila se irritou:
- Me deixa em paz. Eu cansada. Chega dessa confusão!

Batendo a porta do táxi, foi embora.

Foi chorando até sua casa. Não sabia direito por que. Não era por Rafa, nem por Cadú. Era por ela. Vivia tão em função dos homens ou a procura deles, que às vezes se esquecia dela mesma. Dos seus gostos, dos seus desejos.
- O que eu realmente quero para mim? – pensou em voz alta, despertando a curiosidade do motorista.

Ela queria um trabalho legal, ela tinha. Um apartamento confortável, ela tinha. Talvez não tivesse todas as roupas de que gostaria, mas certamente tinha os melhores amigos. E tinha Cadú, com quem não precisava fingir ser outra pessoa. Não existiam expectativas, nem cobranças, era bom. Mas até onde iria? Até onde Lucila queria ir?

Entrando em casa, foi direto para a cama. Se atirou sem mesmo tirar a roupa. Sentiu que tinha deitado em cima de alguma coisa. Era uma caixa. Uma caixa de jóia em feltro preto. Lucila abriu e eram duas alianças douradas. Sentiu um calafrio.

A campainha tocou, ela saiu em disparada. Só podia ser Cadú que correu para a ver abrir seu presente e para a pedir em casamento. Lucila abriu a porta afoita, com a caixa na mão.
- Oi Lú. Humm estou vendo que achou meu presentinho. Pelo seu sorriso, entendo que isso é um sim.

Ele se aproximou dela. Lucila sem pensar reagiu aos seus instintos e lhe deu um tapa na cara.
- O que você acha que eu sou, hein, Rafa? Acha que eu vou amolecer por causa dessa porcaria? Quem te deu permissão pra entrar na minha casa! Toma isso e vai embora. Você já arruinou demais minha vida, não vai estragar meu aniversário.

Batendo a porta na cara do ex-namorado, Lucila correu para ligar para Cadú.
- Onde você está?

- Estou aqui embaixo. Acabei de ver um pilantra saindo do prédio com cinco dedos estampados na cara. Você tem idéia do que seja isso?

Os dois riram. Cadú subiu.

Não foi naquela noite que Cadú a pediu em casamento, e na verdade, nem ela sabia quando seria. Mas estavam felizes, se completavam, se entendiam.
Lucila teve certeza de que era aquilo que ela queria para sua vida. A forma como o relacionamento aconteceria, se seria um namoro, um casamento, morar juntos ... isso agora não era a questão. Ela tinha o mais importante: o amor da sua vida.


FIM